Tudo que deu muito certo na minha vida sempre aconteceu de forma intuitiva.
Escolhi ir pra Austrália porque senti, apesar de “não fazer sentido”.
Escolhi FICAR na Austrália porque senti, apesar de “não fazer sentido” largar o Direito pra ser garçonete.
Escolhi perder um vôo que eu tinha de férias pro Brasil, em 2018, simplesmente pq 2 dias antes eu “senti” que deveria ficar em Sydney. No mesmo dia em que eu perdi o vôo, fui chamada pra uma entrevista no Insight Timer, e contratada pro trabalho que mudaria o rumo da minha carreira.
Lá, meus colegas tentavam entender pq, modéstia à parte, tudo que eu fazia crescia exponencialmente. “Qual o truque, o Marketing, o approach, os posts?” “Ah, eu vou sentindo, não sei… depende do dia…” Morria de vergonha de não conseguir explicar o que eu mesma fazia, mesmo sabendo que funcionava. E MUITO.
Escolhi pedir demissão desse mesmo trabalho seguro com um mês de pandemia, quando ninguém fazia ideia do que ia acontecer. “Aguenta mais um pouco, sair agora não faz sentido”, ouvi. Mas não dava. Eu sentia. Vinha sentindo há tempos. Saí, mudei pra Byron Bay, e vivi a melhor temporada da minha vida na Austrália.
Corta pra agora: Faria muito mais “sentido” continuar em São Paulo, morando sozinha num lugar excelente, sem sequer pagar aluguel. Mas escolhi, de um dia pro outro, mudar pra Floripa. Porque senti.
Por fim, tentei trabalhar – e trabalhei – com mtas coisas que “faziam sentido”: assistente, tradutora, editora… Mas putaquepariu, eu não sentia! Nadica.
Tentei também escolher um único caminho, um só título profissional, já que… faz muito mais sentido.
Bom, talvez pro Linkedin… Mas não pra mim.
Há muito tempo eu tirei a razão do pedestal porque entendi que as manifestações mais surpreendentes ULTRAPASSAM QUALQUER LÓGICA.
E curiosamente, profissionalmente eu ainda mantinha um certo conformismo. Well… No more.
Escritora, Mentora, Professora… Sou tudo, sou todas. E o que mais surgir e me permitir servir e SENTIR.
Por quê?
Porque eu não vim pra esse mundo viver uma vida que “faça sentido”.
E sim construir, dia após dia, uma realidade que me faça sentir.
Agosto de 2022