ESCRITO POR
beasbeghen

Essa é a Gábi

Tem gente que é boa demais pra ser verdade.

Sabe?

Tô falando de pessoas que sabem dosar inteligência e leveza. Que enxergam o mundo com humor e fazem tudo parecer extremamente simples. Gente que fala sobre a alma humana sem precisar citar Freud, que conhece plantas e flores pelo nome, olha as pessoas nos olhos, enxerga além do que vê.

Pessoas cuja a simples presença traz calma e harmonia. Que não pensam muito pra falar mas sempre sabem o que dizer. Gente que ainda se lembra de esquecer o celular, que senta em frente ao mar ou no meio da mata pra ouvir a natureza.

Pessoas que valorizam a verdade e a bondade e estendem a mão antes de apontar o dedo. Mas não é nem isso, nada disso, o que, ao meu ver, as torna tão especiais. Como tudo o que é raro, o que confere a essas pessoas o título de boas-demais-pra-ser-verdade é um simples e sutil detalhe: a capacidade de vibrar com o sucesso alheio. De sentir em si a felicidade do outro.

E é isso que a Gábi tem. Além de todo o resto. Eu poderia escrever dez textos falando só sobre a sua sensibilidade, empatia e compaixão. Como quando ela me deu colo – e casa – durante o término mais doido e doído da minha vida, e como seu lar – com bagunça de criança, carinho de cachorro, mta música e amor – era exatamente o que eu precisava naquele momento.

Pra ser sincera acho que não tem uma pessoa nesse mundo que não sairia melhor e mais feliz depois de uma temporada naquela casa. I could go on and on… Sua bondade já me salvou em Sydney, na Índia, no deserto do Paquistão – onde ela me deu o último remédio da cartela (carregado por ela até o fim do mundo) sem pensar por meio segundo se ia fazer falta ou não.

A naturalidade com que ela se doa é óbvia. Difícil de encontrar. Mas a habilidade de sentir a felicidade do outro como se sua fosse (porque é!) isso sim é raro. E pra mim, o que ela tem de mais lindo. Sim, mais até que esse rostinho e sorriso e cabelo e abdômen trincado.

“Duas amigas e uma tarde livre é o paraíso.” escreveu Danuza Leão. Li e sorri, lembrando da gnt – passando um café (ou dois ou três)… tirando um tarotzinho; ouvindo suas playlists impecáveis, apertando o Churros, rindo com a Cacá, sonhando grande com o Rê.

Amiga, obrigada por ter transformado meus momentos mais mierrrrda em verdadeiros portais de cura – colecionando sincronicidades, meditando, dançando, fazendo planos e rituais.

E muito, muito obrigada por não cansar de se alegrar com cada uma das minhas alegrias, e por dividir comigo muito mais do que suas dúvidas e dores, mas seus planos mais ousados, sonhos mais malucos e pequenas e grandes vitórias, confiando que quando algo da certo daí, meus olhinhos brilham daqui.

Last but not least – do nosso jeitinho half iiiingrish half portuguese…

Obrigada por não cansar de me lembrar – através das horas, placas de carro rs, passagens de livro, vídeo, música, foto de frô ou uma palavra apenas – que forças invisíveis estão comigo (com todos nós) em todos os momentos.

E que o amor e a magia e estão por todo canto, esperando ansiosamente por aqueles que os buscam e, inevitavelmente, os encontram – primeiro em si, e por fim, em tudo.

São Paulo, fevereiro de 2022.

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